sábado, 17 de novembro de 2012

Mi Buenos Aires querida!


Depois de um longo período sem atualizar o blog, estou retomando as atividades, com uma boa justificativa: compartilhar uma experiência internacional.
O roteiro “férias-no-nordeste” estava com ibope baixo aqui em casa e depois de muita insistência do meu marido (a quem hoje agradeço), topei conhecer Buenos Aires.
Inicialmente não achei que seria nada de mais, mas me encantei com a cidade, com as pessoas e com a culinária.
Ficamos oito dias, que passaram voando! Andamos muito, visitamos lugares belíssimos, mas não conseguimos conhecer bem a cidade.
Deixamos de ir a alguns locais indicados pelos amigos e pelos sites de viagens, o que pretendemos resolver em breve!
O nosso roteiro foi baseado nessas sugestões bacanas que recebemos (obrigada Vladimir, Viviane, Andrea, Gisele, Patrícia!), e das nossas possibilidades físicas e financeiras.  

Hotel

Ficamos hospedados no Rochester Classic, situado na Calle Esmeralda, no centro da cidade, próximo à Calle Florida e Calle Lavalle, Galerias Pacífico, Obelisco, Teatro Colón, enfim, na muvuca, como a gente gosta, porque adoramos a autonomia da boa localização.
Entendam... boa localização, nesse caso, significa ter coisas interessantes perto, para onde possamos ir à pé.
Ressalto isso porque outros hotéis são muito bem localizados e a cidade tem bairros mais calmos e mais bonitos, como a Recoleta, mas não foi isso o que priorizamos.
Para o que queríamos, o Rochester Classic foi ótimo! O quarto era pequeno, mas limpinho. O atendimento é muito bom, funcionários bem prestativos, atenciosos e com iniciativa, fora que a maioria falava português. Café da manhã delicioso: croissants (medialunas), brownies, frutas e muitas delícias!  

Redondezas

Vou começar explorando a região central: as calle Florida e Lavalle são calçadões por onde circulam os turistas (tem aos montes!!!). Na Florida tem mais assédio, chega a ser chato! Oferecem peças de couro, câmbio, passeios e shows de tango. Sugiro cuidado com as bolsas.  

Shoppings

Na Galerias Pacífico, de visual portenho!
 
Não vi muita diferença nos shoppings. É como no Brasil: muitas lojas repetidas. No entanto, me chamou a atenção a quantidade de marcas internacionais, sobretudo de cosméticos. Mais caro que nos freeshops, mais barato que no Brasil.
Conhecemos o Abasto Shopping (lindo), Galerias Pacífico e Paseo Alcorta. O último é bem bonito e tem um hipermercado Carrefour.  

Restaurantes

Durante o dia almoçávamos próximo de onde estávamos, porque passávamos o dia batendo perna para conhecer a cidade.
Nessa categoria, gostamos muito do “Brioche Dorée”, que tem em alguns shoppings e oferecem um cardápio a escolha, formado por salada (ou sanduíche)+bebida+sobremesa por $ 50,00 (cinqüenta pesos).
O restaurante campeão na relação custo-benefício foi o Bakano, em Palermo Soho, que oferecia couvert+prato principal+ bebida+sobremesa+café expresso a partir de $ 52,00, em um ambiente bem acolhedor, com bom serviço, valeu muito a pena.
O tradicional bife de chorizo foi experimentado em algumas casas: Carlitos, El Desnível e na Esquina Carlos Gardel. Muito bom!
O Carlitos fica na Calle Guido, n. 1962, e é bom, mas nada demais. O El Desnível fica em San Telmo (foi ótimo conhecer a feirinha e almoçar ali depois, vale a pena!) e a Esquina Carlos Gardel fica ao lado do Abasto Shopping, foi onde assistimos a um espetacular show de tango, acompanhado de um jantar delicioso (valeu muito a pena, recomendo!).
Como não somos tão fissurados em carne assim, teve bastante espaço para massas na nossa dieta: o restaurante Brocolino é uma boa opção, bem servido, delícia. À noite, já exaustos, costumávamos escolher algum restaurante próximo ao hotel, na Calle Lavalle: “La Casona del Nonno” ou “Pizza Roma”. O Pizza Roma foi campeão, pela variedade do cardápio, pela nossa identificação com o clima “cantina italiana” e pela relação custo-benefício.

Cafés

Os cafés são um charme à parte. Conhecemos o Café Tortoni e o Café Martinez.

Café Tortoni


O primeiro é bem tradicional, antigo, ponto turístico. O chocolate com churros estava bom, mas nada de mais... O Cafe Martinez tem em vários pontos da cidade, com itens variados, e cafés de variadas origens (massa!!!). O nosso café com pão de queijo, na versão portenha, é um café com medialunas (croissant).

Alfajores 

Os alfajores são uma delícia! Tem desde a farmácia ao hipermercado, nas bancas de jornais, enfim... por toda a parte.
Difícil dizer qual é o melhor: Cachafaz (que tem como opção um alfajor de arroz que merece ser degustado!) Jorgito, Havanna, Abuela Goye... tem para todos os gostos!
Trouxemos alguns, mas me arrependi de não ter trazido mais (mi mi mi...).
Pretendo nas próximas férias trabalhar em uma receita que deixe a minha receita de alfajores mais próxima da deles: o meu biscoito é mais firme, o argentino é bem macio.
Para a turma de Brasília, uma boa notícia: abriram uma Abuela Goye no ParkShopping! E ouvi dizer que o sorvete de doce de leite deles é melhor que o Freddo. Ainda não experimentei, mas estou disposta a fazer esse "sacrifício"! kkkkkk

Sorvetes

Gente do céu! O que são os sorvetes de "dulce de leche" do Freddo? Um mais fantástico que o outro!
Combinar o sorvete de chocolate Freddo com o doce de leite tentação é uma dupla e tanto!
Esqueça a dieta e afunde o pé na jaca! Recomendo!!

Arte e cultura 

Conhecer Buenos Aires foi uma linda experiência!
A cidade é encantadora, um museu a céu aberto, muitas praças, esculturas e cultura por toda a parte.
Os argentinos, em sua maioria, foram muito atenciosos conosco.
Observamos uma diferença interessante com a nossa cultura: ser rude é diferente de ser mal educado. Vou explicar: existe um certo distanciamento nas relações, são bem objetivos, sem, contudo, serem mal educados.
Existe uma educação perceptível na forma de se comunicar, no cuidado com o outro, na civilidade, mas as relações com o turista a relação é bem objetiva, profissional. Acho que é esse o ponto: são profissionais, não são amigos de férias.
As ruas são bem limpas, respeitam a sinalização, alguns buzinam, mas também não é regra. Um exemplo dessa civilidade: um dia encaramos chuva. Chuva fina, depois de um temporal da madrugada, que deixou parte da cidade alagada e sem luz. O metrô não estava funcionando e o trânsito estava consideravelmente pior. Pois não é que na chuva, eles estavam em fila na parada de ônibus, esperando o circular passar, e ainda dando informações sobre como funcionavam os ônibus a dois turistas perdidos (nós). O ônibus chegou, a fila foi respeitada, e a passageira foi super atenciosa conosco, aconselhando-se com as outras sobre qual seria a melhor parada para descermos. Chegou a desculpar-se por não saber falar português, imagine!
Voltando ao passeio: foi inesquecível conhecer o Teatro Colón.

Euzinha nas escadarias do Teatro Colón, como uma dama portenha! rsrsrsrs

A visita guiada é meio salgadinha: $ 110 pesos por pessoa, mas valeu cada um deles.
Melhor que isso foi assistir ao espetáculo da Orquestra Filarmônica de Buenos Aires alguns dias depois, naquele mesmo palco, por $ 40.
Conhecemos também o Museo Nacional de Bellas Artes, belíssimo!
O acervo é maravilhoso e, por sorte, ainda contemplamos sem demora a exposição “Caravagio e seus seguidores”, que havia arrastado multidões em Brasília, com fila de espera de horas. Gratuito.
O MALBA vale muito a pena. Vimos de pertinho o famoso “Abaporu”, de Tarsila do Amaral, que todos estudamos na escola! O acervo é lindo, bem moderno!
Também vale a pena conhecer o Jardim japonês! Lindo!
Aproveite o passeio e conheça a Floralis Generica, o shopping de decoração Buenos Aires Design e as praças lindas das redondezas. Se for em um sábado, espere o final da tarde para transitar pela feirinha da Recoleta. Se te agradar, conheça o cemitério da Recoleta, que não constou no nosso programa.
Uma visita inesquecível é conhecer a livraria El Atheneo Grand Explendid. Deixo a foto falar por si.

  
Caso o seu programa inclua crianças, não abra mão de conhecer o bioparque Temaikèn! Belíssimo!

Tango


 
Conhecemos o show de Tango da Esquina Carlos Gardel. Lindo demais! E o jantar estava delicioso!!!

Lojinhas

Observando as ruas, facilmente observamos como as pessoas são elegantes.
As mulheres usam lenços e acessórios lindos!
Dei uma pirada nas lojas de acessórios... brincos, lenços, pulseiras... afff! E muito barato! Comprei brincos lindos a $15,00! (algo em torno de R$ 7,00).
As lojas de bijuteria que mais me atraíram foram Clandestine, Isadora (onde acabei não comprando nada por conta da correria!) e Todomoda.
A loja que mais me deixou encantada foi a Morph. Sério, eu traria ela inteira pra casa! É uma espécie de TokStok moderninha, com trocentas opções de artigos de decoração. A maior delas fica no Buenos Aires Design. Pesquisando o site, vi que estão abrindo lojas no Brasil!!! Quero uma em Brasília!!!!
Uma outra loja que vale a pena conhecer e garimpar umas peças é a Falabella. É uma grande loja de departamentos.
Uma outra opção que parece loja de departamentos, mas não é, é rede de farmácias Farmacity: tem várias farmácias pela cidade e vende de (quase) tudo e era lá onde trocávamos nossos pesos graúdos com a confiança de não pegarmos notas falsas (segredinho!).
Uma última recomendação: se você gosta das bolsas da UncleK, vai gostar das bolsas da Michel's. Não são baratas, mas tem um estilo semelhante. A-D-O-R-E-I!

Outlets

Não caiam na jogada dos hotéis para serem levados aos "outlets". Programa engana-turista!
Infelizmente caimos nesse roteiro e por sorte o nosso prejuízo não foi alto!
Fomos levados a lojas sem sinalização, com produtos de gosto e qualidade duvidosos, com preços altos. Enganação total!!
Mas existe uma esperança: vamos direto ao ponto? Encare o cruzamento das Calle Aguirre e Gurruchaga. Se sobrar energia, explore as redondezas.

Dicas fundamentais 

1. Pesquisamos vários sites de viagens, conversamos com amigos e não sacamos uma coisa prática e que faz muita diferença: câmbio!
A diferença entre real, peso argentino e dólar é impressionante! Na dúvida, leve real! No Brasil, compramos pesos antes de viajar a R$ 1,00 valendo $ 1,80. Lá em Buenos Aires, o real estava valendo até $ 3,20, e ainda vários locais ofereciam descontos em cash. Isso faz uma diferença enoooorme!
Se fosse hoje, levaríamos reais e alguns pesos. Com cartões internacionais podemos sacar direto na conta-corrente, em qualquer terminal bancário, pagando uma taxinha, claro, mas vale! (pagamos $ 19,00 por cada saque, mas como tanto faz você sacar $100,00 ou $ 1.000,00, a taxa é a mesma, é bom se planejar para não ter que fazer inúmeros saques e morrer nas taxas!).
2. Se você gosta de fazer umas comprinhas em freeshop, viaje pelo aeroporto de Ezeiza!
Os preços estavam melhores que os do freeshop de Guarulhos e ainda tem um excelente atendimento e muitas promoções. Faça seu embarque umas três horas antes para poder andar pelo freeshop calmamente. Enorme! Excelente!

Bem, não poderia contar tudo em um único post... fica a recomendação, valeu a pena!

Post escrito em parceria com Vladimir Melo

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